sábado, 25 de outubro de 2014

MAIS DO QUE A CORRUPÇÃO O PAPEL DO ESTADO

(Tá certo) Não vamos discutir o moralismo da corrupção... pq nada disso tem importância ... O passo do Aécio é tão profundo em lama que não justificaria a oposição à Dilma... A questão é o projeto de país... e o que se perde em capacidade de respostas econômicas e sociais com o Projeto Privatista e entreguista de Aécio... Ando pela Europa e este modelo está mais do que falido, nos EUA as condições sociais e econômicas da população e dos direitos estão cada vez mais em risco... Os Europeus me perguntam. Professor por que o Brasil responde com taxas de crescimento ? Porque ainda tem Estado e capacidade de decidir autonomamente sua trajetória. Vcs abandonaram o Estado, no Brasil a sociedade e sobretudo as classes mais pobres descobriram que o Estado não é e Não pode ser um reduto dos privilegiados abastados... Digo sempre que o que se tem no Brasil é um processo de antiteticidade das instâncias sociais, em que as disputas por políticas públicas são reveladoras do papel do Estado na economia e nossa capacidade de respostas em políticas de renda, fiscais, tributárias e até mesmo cambiais... Explico sempre: Vcs abandonaram o Estado, nós disputamos... e é isso que parte da elite brasileira não aceita (elite mesmo, não falo de quem quer se pensar elite e não ganha mais que R$ 5 mil) e não compreende... mesmo aquelas pessoas que já se beneficiaram dela.... Desde conjuntos habitacionais.... financiamento para estudantes de Universidades Privadas (FIES que beneficia muitas pessoas, veja as taxas de juros praticadas por estes programas no período de FHC, vc vai chorar, Pró-UNI) Ampliação do Ensino Superior Público.. Infraestrutura... entre outras iniciativas que fazem do Brasil e da América Latina palco de mudanças sociais profundas... e com tudo isso territórios de maior capacidade de desenvolvimento e tx de retorno do mundo... sem ser como antes, no período de FHC e sua vertente de mercado, apenas e, miseravelmente, monetarista. 

terça-feira, 21 de outubro de 2014

A IGREJA E SUA OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES E A ELEIÇÃO

Neste processo eleitoral muitas coisas estão em jogo. Não se trata apenas de uma lógica financista de grupos que apoiam Aécio Neves, bem todos os interesses privatistas (sobre a Petrobrás, os Bancos Públicos - Caixa, BNDES e Banco do Brasil, entre outros) que se colocam no calor do valor das empresas brasileiras vis a vis a capacidade de lucro e taxa de retorno que elas apresentam em patamares sem igual referência em todo o mundo, e que coteja com os territórios latinoamericanos, africanos e dos BRICs,  ou seja, na pobreza está a riqueza possível de um mundo financista que coloca milhares de europeus e norteamericanos no desemprego e na miséria. Para além desses processos existe um sentido humano, o sentido de inclusão social. O sentido de reverter a condição de miséria e abandono que muitos brasileiros estiveram e estão sujeitos ao longo de anos.
Este é o sentido primeiro desta eleição. Os discursos moralistas de corrupção deveriam pairar somente na seguinte pergunta: Qual denúncia recaiu sobre Dilma ? Uma mulher com sua fibra e luta na ditadura não se curvou ao (deus) dinheiro... e tem permitido como nunca a descoberta de coisas erradas, desde seu partido aos demais (que não investigados, propagandeados e punidos com a mesma intensidade como os de seu partido... porque o judiciário brasileiro tem uma origem de classe. Articulem os sobrenomes e verão tios, sobrinhos, primos, sócios, parceiros,  dos mais deslavados fenômenos de corrupção que se vinculam aos ricos neste país).
Mas nada disso tem importância e se trata de pura hipocrisia o discurso de alternância de poder, mais democracia, quando uma imprensa manipula, desinforma e corrompe na mesma medida que todos e ergue o dedo (veja a falta de educação de Willian Bonner à Presidenta da República), como se não tivesse nenhuma responsabilidade sobre as atrocidades que se erguem no território brasileiro.
Pergunte à Patrícia Poeta qual o sócio/parceiro de seu esposo (?) Carlinhos Cachoeira... portanto as pessoas estão imbricadas e se apresentam à sociedade como inocentes e dedicadas à moralidade.
Mas, nada disso tem importância quando pessoas humildes estão excluídas e ao longo dos anos esse efetivo povo de Deus mudou sua realidade... A Igreja Católica tem um papel fundamental nisso, porque por anos e anos combateu e denunciou a miséria e colocou-se a serviço desse povo (Povo de Deus) como uma opção clara e bela. Evangelizar na pobreza é resgatar pessoas desta mesma pobreza. É isso que se coloca como patamar... com importância,  o olhar aos pobres, o comprometimento com quem sofre e a cobrança indistinta sobre os responsáveis por este sofrimento.  Não preciso sequer olhar os desvios éticos de Aécio Neves... quando meu olhar deve estar para os que realmente precisam.
Este é o pedido de Deus... este é  olhar de Deus em nosso coração. Posso dizer apenas que:
eu, sou um grande pecador, não sou um homem santo e tenho em mim a vergonha de meus atos.
Mas, em meu coração a voz de Deus se manifestou em Medellin e Puebla. Quando os bispos em oração atentaram para o fenômeno da desigualdade e da injustiça na América Latina, que gera uma situação de “pobreza desumana em que vivem milhões de latino-americanos”, fato visto como “escândalo e contradição com o ser cristão”. Os Bispos disseram que era preciso responder aos imensos desafios à evangelização, que busca promover o encontro com Cristo para transformar um contexto de marginalização, desrespeito aos direitos humanos, subversão dos valores culturais, desagregação familiar e dos demais valores cristãos, os bispos pediram para vermos o rosto concreto do povo peregrino que sofre. As feições das crianças, “golpeadas pela pobreza ainda antes de nascer”; dos jovens “desorientados por não encontrarem seu lugar na sociedade”; dos indígenas e afro-americanos “segregados”; dos camponeses, submetidos à exploração; dos operários, “que têm dificuldades em defender os próprios direitos”; dos desempregados; dos marginalizados e amontoados nas grandes cidades; dos anciãos, “postos à margem” por uma sociedade “que prescinde das pessoas que não produzem”. Paz e Bem !!! (Meu silêncio... minha oração... pelos pobres...).