terça-feira, 21 de outubro de 2014

A IGREJA E SUA OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES E A ELEIÇÃO

Neste processo eleitoral muitas coisas estão em jogo. Não se trata apenas de uma lógica financista de grupos que apoiam Aécio Neves, bem todos os interesses privatistas (sobre a Petrobrás, os Bancos Públicos - Caixa, BNDES e Banco do Brasil, entre outros) que se colocam no calor do valor das empresas brasileiras vis a vis a capacidade de lucro e taxa de retorno que elas apresentam em patamares sem igual referência em todo o mundo, e que coteja com os territórios latinoamericanos, africanos e dos BRICs,  ou seja, na pobreza está a riqueza possível de um mundo financista que coloca milhares de europeus e norteamericanos no desemprego e na miséria. Para além desses processos existe um sentido humano, o sentido de inclusão social. O sentido de reverter a condição de miséria e abandono que muitos brasileiros estiveram e estão sujeitos ao longo de anos.
Este é o sentido primeiro desta eleição. Os discursos moralistas de corrupção deveriam pairar somente na seguinte pergunta: Qual denúncia recaiu sobre Dilma ? Uma mulher com sua fibra e luta na ditadura não se curvou ao (deus) dinheiro... e tem permitido como nunca a descoberta de coisas erradas, desde seu partido aos demais (que não investigados, propagandeados e punidos com a mesma intensidade como os de seu partido... porque o judiciário brasileiro tem uma origem de classe. Articulem os sobrenomes e verão tios, sobrinhos, primos, sócios, parceiros,  dos mais deslavados fenômenos de corrupção que se vinculam aos ricos neste país).
Mas nada disso tem importância e se trata de pura hipocrisia o discurso de alternância de poder, mais democracia, quando uma imprensa manipula, desinforma e corrompe na mesma medida que todos e ergue o dedo (veja a falta de educação de Willian Bonner à Presidenta da República), como se não tivesse nenhuma responsabilidade sobre as atrocidades que se erguem no território brasileiro.
Pergunte à Patrícia Poeta qual o sócio/parceiro de seu esposo (?) Carlinhos Cachoeira... portanto as pessoas estão imbricadas e se apresentam à sociedade como inocentes e dedicadas à moralidade.
Mas, nada disso tem importância quando pessoas humildes estão excluídas e ao longo dos anos esse efetivo povo de Deus mudou sua realidade... A Igreja Católica tem um papel fundamental nisso, porque por anos e anos combateu e denunciou a miséria e colocou-se a serviço desse povo (Povo de Deus) como uma opção clara e bela. Evangelizar na pobreza é resgatar pessoas desta mesma pobreza. É isso que se coloca como patamar... com importância,  o olhar aos pobres, o comprometimento com quem sofre e a cobrança indistinta sobre os responsáveis por este sofrimento.  Não preciso sequer olhar os desvios éticos de Aécio Neves... quando meu olhar deve estar para os que realmente precisam.
Este é o pedido de Deus... este é  olhar de Deus em nosso coração. Posso dizer apenas que:
eu, sou um grande pecador, não sou um homem santo e tenho em mim a vergonha de meus atos.
Mas, em meu coração a voz de Deus se manifestou em Medellin e Puebla. Quando os bispos em oração atentaram para o fenômeno da desigualdade e da injustiça na América Latina, que gera uma situação de “pobreza desumana em que vivem milhões de latino-americanos”, fato visto como “escândalo e contradição com o ser cristão”. Os Bispos disseram que era preciso responder aos imensos desafios à evangelização, que busca promover o encontro com Cristo para transformar um contexto de marginalização, desrespeito aos direitos humanos, subversão dos valores culturais, desagregação familiar e dos demais valores cristãos, os bispos pediram para vermos o rosto concreto do povo peregrino que sofre. As feições das crianças, “golpeadas pela pobreza ainda antes de nascer”; dos jovens “desorientados por não encontrarem seu lugar na sociedade”; dos indígenas e afro-americanos “segregados”; dos camponeses, submetidos à exploração; dos operários, “que têm dificuldades em defender os próprios direitos”; dos desempregados; dos marginalizados e amontoados nas grandes cidades; dos anciãos, “postos à margem” por uma sociedade “que prescinde das pessoas que não produzem”. Paz e Bem !!! (Meu silêncio... minha oração... pelos pobres...).

Nenhum comentário:

Postar um comentário